Instabilidade econômica, política e climática: Você já parou para pensar o impacto destas variáveis no agronegócio? 

O setor agropecuário possui enorme relevância no desenvolvimento brasileiro, tanto economicamente, quanto socialmente, visto que este tem impacto direto no Produto Nacional Bruto, movimentando a economia, ao passo que gera e mantém o emprego e fonte de renda de milhares de brasileiros. Quando analisada a contribuição do agronegócio, especialmente em época de pandemia, observamos que este sustentou o país neste período de instabilidades. 

Segundo o IPEA, o saldo na balança comercial do agronegócio foi de US$ 108,5 milhões entre fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, enquanto neste mesmo período, os demais setores da economia brasileira apresentaram um déficit de US$ 47,1 bilhões. A partir dos valores anteriormente citados, é possível salientar a importância do agronegócio, sendo que este compensou o déficit econômico dos demais setores, resultando em um saldo total de US$ 61,4 milhões para o país. Esta foi uma breve exemplificação das implicações de fundo econômico, contudo é possível destrinchar outras ações relevantes do setor no Brasil. Outro fator a destacar, é que segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve a geração de 152.496 novos empregos formais pelo setor no primeiro semestre de 2021. 

Historicamente, devido ao potencial agrícola do país e às políticas de governo, o agronegócio está intimamente ligado ao crescimento brasileiro como um todo, visto que o país é relevantemente agrário,  implicando diretamente no produto interno bruto e demais fatores de desenvolvimento. Contudo, os produtores rurais envolvidos estão constantemente expostos a fatores que colocam em risco a continuidade de suas atividades, esses fatores podem ser essencialmente físicos ou de mercado.

Riscos físicos são aqueles que comprometem a produção, seja por variáveis climáticas como temperaturas extremas, instabilidade hídrica, geadas, granizos, e até mesmo adversidades como pragas, doenças, umidade excessiva e outros. De igual modo, o produtor ainda é exposto a variações de mercado, visto que o produtor é em sua maioria tomador de preços, ficando a mercê do panorama de mercado, especialmente se não houve um bom planejamento e gestão de opções de compra e venda.

Diversas ações têm sido instauradas em busca de amenizar esses riscos, seja através de políticas públicas como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e outras medidas. Todavia, há ainda um grande abismo entre estas propostas e a efetividade e abrangência. Neste âmbito, buscamos promover o AgroHackathon 2022, a maratona tecnológica que visa oportunizar um espaço de aprendizado, troca de ideias e desenvolvimento de soluções para a problemáticas da gestão de riscos rurais. 

Nos dias 29 e 31 de março ocorrerão as Aulas Cast, em que temas relevantes acerca do agronegócio e inovação serão abordados por especialistas da área. Nos dias 8, 9 e 10 de abril ocorrerá o evento presencial, contemplando diversas dinâmicas, assim como viagens técnicas para imersão no tema.

Se você busca desenvolvimento profissional, networking e está ávido por desafios, fique atento às inscrições do AgroHackathon 2022, entre 21 de março e 05 de abril!

Até lá!

Laura Malage

Graduanda de Engenharia Agronômica, UFPR.

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